Gosto
de brincar com elas. Gosto mesmo de este poder que tenho de colocá-las no ritmo
que queira. Rápidas e desembestadas a correr e correr como se o tempo fosse
átimo. Ou lentas, cheias de preguiça, malemolentes. Posso fazê-las felizes,
leves, soltas e sorridentes. Ou então, posso torná-las rudes, agressivas, até
mesmo duras. Faço o que quero com elas. Posso conduzi-las a inspirar amores ou
sexo. Posso fazê-las germinar ódios e preconceitos. Se quero que cantem, as
farei cantar. Se quero que dancem as farei dançar. Elas são minhas amantes...
Se eu sou um manipulador? Sim. Claro! E é por poder manipulá-las que me faz
amar as palavras.
